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Serra Gaúcha ganha monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana

10/11/2025

Serra Gaúcha ganha monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana

Arte e história transformam o pórtico de Antônio Prado, Melhor Vila Turística do Mundo, em atração turística

Serra Gaúcha ganha monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana

A Serra Gaúcha ganhou um novo marco histórico. Neste sábado (08/11), foi inaugurado, junto ao pórtico de entrada de Antônio Prado, um monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. A escultura celebra a coragem e o legado dos imigrantes que deixaram a Itália em busca de novas oportunidades e contribuíram para moldar o desenvolvimento social, econômico e cultural da região.

 

Idealizado pelo Círculo Cultural Ítalo-Brasileiro (CIBRAP), Agência de Desenvolvimento do Patrimônio Cultural e Natural (ADESP) e Prefeitura de Antônio Prado, o  projeto foi produzido em concreto armado pelo artista brasileiro Vinicius Ribeiro, inspirado no Monumento all'Emigrante de Asiago (Itália). A obra, que mede 2,20 metros de altura, 2,5 metros de largura e 70 centímetros de profundidade, foi instalada sobre uma base de 1,5 metros.

 

A escultura simboliza a chegada de uma família ao Brasil. O pai, com uma mala nas mãos, olha para frente em um gesto de coragem, a mãe, com uma criança no colo, expressa esperança, e o filho pequeno, representa o futuro — a continuidade da história em uma nova terra.

 

Na base da obra, está gravado o poema “O Trem dos Emigrantes”, do escritor italiano Gianni Rodari, gravado em dois idiomas — italiano e português. A poesia traduz a emoção da despedida e o peso da saudade que marcou a travessia dos imigrantes:

 

“A mala do emigrante não é grande, não é pesada...

Contém um pouco de terra da minha aldeia,

para não estar sozinho na viagem...

um terno, um pão, uma fruta, e só.

Mas meu coração, não, eu não o trouxe:

não coube na mala.

Foi muito doloroso para ele partir,

ele não quer ir além do mar.

Ele fica, fiel como um cão.

na terra que não me dá pão:

um pequeno campo, lá em cima...

Mas o trem está passando: já não se vê mais.”

 

 

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